Disco: The Naked and Famous - In Rolling Waves (2013)


Em 2010, na Nova Zelândia, surgia o quinteto The Naked and Famous com o elogiadíssimo álbum Passive Me, Agressive You. Sonoramente, este primeiro trabalho nos remete a artistas como Passion Pit, MGMT e Grouplove, e rendeu à banda elogios da BBC. Além disso, o single “Punching in a Dream” foi parar na trilha sonora do Fifa 2012 e a música "Young Blood" chegou a tocar em seriados, além de virar um verdadeiro hino indie.

Em 2013, atualmente residindo em Londres, o grupo lançou o seu segundo trabalho intitulado In Rolling Waves, que, tudo indica, será um novo sucesso perante a crítica. Se em 2010 a sonoridade era synth-pop, atualmente a banda resolveu mostrar mais o seu lado rock experimental com um vocal menos pop – e com menos potencial de virar hit –, além de sintetizadores mais discretos. E foi neste excelente álbum que encontramos “Grow Old”, uma das mais belas músicas do ano, sem dúvida. Com 6:36 de duração, o The Naked and Famous mostra através desta faixa o quanto pode ir além do que já conhecíamos, então, atenção porque a receita não é tão fácil de copiar: a canção conta com um teclado mágico, sintetizadores discretos que continuam fazendo toda diferença, um vocal feminino inspirado e completamente visceral, um vocal masculino – que mais parece um robô – e uma incrível distorção de guitarra. Ufa! A letra, por sua vez, trata de uma discussão de relacionamento, em que cada qual fala o seu ponto vista, e a música acaba contando uma história no final das contas. O ápice ocorre no terceiro minuto, com uma explosão de vários instrumentos. Ouça e tire suas conclusões: 


Naked and Famous - Grow Old

Se você gostou de “Grow Old”, não deixe de ouvir “The Mess”. E para os que sentem saudade do primeiro álbum, o mais próximo que encontramos foi a bem boa “Hearts Like Ours”, que está na trilha sonora do Fifa 2014, inclusive. Apesar da mudança na sonoridade, a banda deve render muitos frutos, com várias de suas músicas novas sendo, mais uma vez, indicadas para filmes e seriados, até porque o The Naked and Famous conseguiu uma coisa rara: manter a qualidade no segundo álbum.
 

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