Wannabe Jalva


Com apenas três faixas oficialmente lançadas no MySpace da banda, a Wannabe Jalva já abriu shows de atrações internacionais como Vampire Weekend e Two Door Cinema Club. Formada em 2009, a WJ é composta pelos portoalegrenses Felipe Puperi (vocal e guitarra), Rafael Rocha (guitarra, vocal, baixo, synths), Tiago Abrahão (vocal, guitarra) e “Paulista” (bateria).


Wannabe Jalva - Come and Go

As referências são bem amplas e ecléticas, de The Doors a Frank Sinatra, Raconteurs a Jamiroquai, Foo Fighters à Phoenix, passando por Michael Jackson, misturado com Franz, Wilco, Kings of Leon, Queens of the Stone Age e Red Hot Chili Peppers. De acordo com os meninos "tudo isso gera uma salada de fruta e a bicicleta sem freio que é o Wannabe Jalva".

Eles fizeram uma ótima versão da canção "Say Say Say" para o projeto Indie on the Run que vale (e muito) a pena conferir! E sobre o nome da banda, deixo eles explicarem :)

Wannabe Jalva - Say Say Say

O papo começa assim...
O nome da banda é uma loucura da nossa cabeça. Jalva significa algo profundamente submerso no espaço, como um planeta que ainda não foi descoberto no qual só toca Jamiroquai. hahaha  Enfim, esse nome surgiu de uma cervejada minha (Felipe), Rafa e Tiago quando começamos toda essa história. Estavamos lá na cidade baixa, em Porto Alegre. Quando sugerimos o nome o Rafa ficou meio na dúvida, não achou a melhor ideia do mundo. Aí começamos a reforçar a ideia ao ponto que passou uma estrela cadente e todos viram no mesmo momento. Depois disso foi selado o acordo e não tinha como não ser Wannabe Jalva.

Já começaram a função da gravação do CD?
Como tudo é bem recente, desde o lançamento das 3 primeiras músicas até agora, decidimos fazer primeiro um Ep, com 6 ou 7 faixas. É um primeiro material que vamos lançar para divulgação da banda e pra ver onde tudo isso vai parar. Esse material já está praticamente todo gravado e está sendo planejado pra o ínício de Abril. Mas depois temos planos sim de lançar um disco full, com mais musicas e tal, só que isso é preocupação lá pro final do ano/início do ano que vem. Agora estamos com a cabeça nesse Ep que será o nosso primeiro trabalho como uma banda.

Alguma música foi feita pra alguém em especial?
As musicas falam em geral de relacionamentos humanos vistos de um modo mais irônico. Como são em inglês, grande parte das pessoas não deve prestar muito atenção nas letras. Mas elas não são feitas para alguém em especial. O que queremos é que ela seja especial para alguém. 

Vocês têm algum tema fixo ou alguma fonte recorrente para compôr? Como funciona isso?
A composição é uma coisa bem misteriosa na nossa cabeça. A gente nunca sabe porque uma ideia vem de um jeito e outra de outro. Diversas vezes também não sabemos sobre o que queremos falar e daí acaba saindo um tema que jamais tinhamos imaginado. Algumas vezes a melodia já vem com a letra junto, o que facilita bastante. Mas em outras a melodia vem antes e daí temos que encontrar um assunto que seja tão forte ou sutil ao que esta sendo feito. Não existe fórmula... Tem dias em que se está inspirado e outros nem tanto. Como já tinha mencionado, eu (Felipe) gosto bastante de escrever sobre as relações sob a ótica da luxúria,
desejo e ironia.

Como é ter uma banda em POA? Existem muitos espaços para novas bandas na cidade?
É bem legal ter uma banda em Porto Alegre. Existe uma coisa com as bandas que começam aqui... Vários pensam que é preciso sair pra conseguir alguma coisa. Nós ainda estamos no início, trilhando nosso caminhozinho passo a passo, mas acreditamos que podemos voar bem longe mesmo sendo uma banda daqui de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Mesmo morando aqui já tocamos em outros estados e até fora do país. Acho que o pessoal é aberto a conhecer e ouvir coisas novas. Se for bom, melhor ainda porque também abre espaços para dividir o palco com outras bandas. E espaço pra tocar sempre tem. Aqui em Porto tem uns 3 ou 4 lugares legais de fazer shows e isso facilita bastante.

Como foi 'sair da garagem' e encarar um palco? Quando e onde foi o 1º show?
Foi um processo lento e bem gradual. A gente ensaiva bastante e encarar o palco foi um processo. Todos já tinham tocado com banda anteriormente, então não era alguma coisa que nunca tinhamos vivenciado. Mas como Wannabe Jalva a gente já tocava a mais de 1 ano (entre ensaios e gravações) e nunca tinha subido no palco. Quando colocamos os sons na net foi meio que um boom, todo mundo começou a falar e logo apareceram várias oportunidades de tocar. Foi tudo bem rapido e imediato. Deu uma certa tensão. Nosso primeiro show foi demais. Foi no Macondo, em Santa Maria, com Apanhador Só. Pra nós foi muito massa e gratificante tocar com eles porque além de admirarmos são nossos amigos. Isso sem contar a galera de Santa Maria, que é super ultra master pilhada e aberta as coisas novas. Mas de lá pra cá fizemos varios shows e melhoramos bastante.

Como vocês vêem o cenário brasileiro atual?
A gente enxerga o cenário brasileiro atual bem fértil e cheio de coisas legais. Hoje em dia tem muito espaço pra experimentar, é tudo bem acessível e todos conseguem se conectar com os outros. Tem muita banda legal na cena mais independente, dentre elas  Apanhador Só, que lançou um baita disco ano passado e ta tocando pelo Brasil todo, nossos amigos do Holger, que além de estar fazendo um som bem único dão um show a parte no palco, o Black Drawing Chalks com um stoner rock animal, Garotas Suecas, curtindo o sessentão robertão (mais atual impossivel), o Copacabana Club, com na mistura do eletro-pop-dance. E fora muitas outras coisas boas que tem por aí como Pata de Elefante, Céu, Macaco Bong, etc... Músicas boas não faltam no Brasil. A cena só tende a crescer cada vez mais. 

Vocês tem grande reconhecimento nas redes sociais. Qual o papel da internet na carreira de vcs?
A internet é o meio de comunicação nosso com o pessoal todo. Acredito que não só nosso, mas de todas as bandas atualmente. A gente utiliza desse artifício pra se aproximar das pessoas e fazer elas terem acesso aos nossos bons momentos (sejam eles ensaios, gravações, shows, informativos sobre a banda, etc). Hj em dia vc tem q estar em contato com seu público, ele reconhece o quanto você reconhece que ele te reconhece. hahaha. Mas sério, isso ainda está em fase de amadurecimento, a gente ainda tá conquistando os espaços e chegando nas pessoas. Não adianta ter 5000 seguidores no twitter mas que só 200 desses realmente vão atrás de você, da sua música e das suas informações. Isso é algo construído com o tempo, com muitos shows, muita estrada. tudo está conectado.

O que vcs fazem para manter os relacionamentos em um nível mais saudável, sem stress entre os integrantes?
Como todas as bandas (e todos os casamentos) tem que relevar muitas coisas pra afastar os stresses e as discussoes. É algo natural que as vezes existam algumas discussões pela divergência de opiniões, mas tem que ser algo pontual e resolvido pra conseguir levar adiante sem problemas. Acho que a experiência de ter tocado em outras bandas é fundamental para nós 4. Hoje em dia a gente sabe que não vale a pena se desgastar por algumas discussões bobas que não levam a lugar algum.

Vamos supor que, minutos antes de subir no palco, papeando no balcão de um bar, alguém dissesse que nunca ouvira falar de vcs e pedisse que vocês se descrevessem, o que diriam sobre a banda?
Eu diria que é uma banda onde existem vozes alienigenas e ruídos de cavalos tocando violinos. Algo incrivel, nunca antes visto. Quem sabe assim o cara fosse escutar, né?

Inspiração?  David Lynch
Realização? Tocar num festival foda e vamos realizarrr!!! (a entrevista foi antes do M/E/C/A)
Pessoa? O coelho mágico doidão

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