The Name é uma banda de post-punk de Sorocaba-SP. O trio, composto por Andy (guitarra e vocais), Molinari (baixo) e Alves (bateria), já participou de grandes festivais no exterior como o South By Southwest (SXSW) no Texas, e agora encaram uma turnê de três meses por todo o país. No próximo sábado, dia 12 de junho, os rapazes se apresentam no Goma, e prometem animar o público que passar por lá!
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Essa semana, eles concederam uma entrevista exclusiva ao MIU (Mídias Integradas Uberlandenses), por intermédio dos colaboradores Bruna Dourado (sim, eu! haha) e Luiz Fernando Motta. Segue a entrevista:
Não é muito comum no cenário nacional o surgimento de bandas que misturam os elementos de pós-punk e dance-punk como vocês fazem. Essa peculiaridade sonora acaba voltando um pouco vocês para o cenário internacional?
Achamos que pode ter culpa sim. Achamos que também as misturas de percussão brasileira no arranjo também fazem um pouco de diferença lá fora. Em março quando estivemos lá a recepção foi bacana quanto ao som! Talvez por esse mix!
Vocês já participaram de grandes festivais internacionais, como o SXSW, no Texas, e o Canadian Music Week, em Toronto. Como foi essa experiência e, se existe, qual é a diferença da reação do público nacional e internacional às músicas do The Name?
Uma experiência incrível! Os três festivais nos possibilitaram ver uma cena forte, com bandas em um nível profissional absurdo. Som cheio, sabe? Lá uma banda do nosso tamanho está em turnê há meses. Existe um cenário auto-sustentável já há um bom tempo. O público lá é quente como o brasileiro, porém aparentemente com um interesse mais profundo pelo produto musical das bandas. As pessoas assistem shows ao meio-dia no SXSW! Ficamos imaginando isso aqui. Rola uma diferença cultural mesmo, que é normal! Até mesmo porque lá as pessoas vão atrás dos materiais, tinha gente que já havia nos ouvido, que veio falar com a gente, que sabia algo mais do que somente que eramos do Brasil, isso conta muito!
As letras em inglês são uma simples questão de adequação à melodia e plasticidade das canções ou vocês já pensam na melhor recepção por parte do público internacional?
A gente sempre pensou no mercado internacional, lógico que nunca esquecendo que o Brasil é uma grande potência e caminha muito bem pra ter uma rede bem articulada e auto-sustentável do circuito, vide o trabalho do FDE ou a ampltude de um Festival Terra (cheios de nomes independentes no lineup). Porém, sempre tivemos na internacionalização um foco bem definido de trabalho (nosso maior acesso no Myspace é norte americano, por exemplo). As letras em inglês fazem parte dos dois mundos, tanto para a plasticidade da música, que é proposital, quanto como instrumento para o caminho para o exterior. Mas, mesmo assim, sempre achamos que a música é uma linguagem universal, independente de que lingua você cante!
Vocês lançaram um compacto em vinil a pouco mais de duas semanas. Apesar de recente, esse lançamento já deu algum tipo de retorno?
Sim. O lançamento oficial pela Vigilante acontece no final do mês, adiantamos as coisas por conta dos shows que tinhamos. O primeiro lote já foi vendido inteiro, felizmente (risos)! Achamos que existe um fetiche pelo vinil que nunca vai morrer. Acreditamos muito nisso, e as pessoas estão acreditando também!
Com a overdose de bandas que surgem no espaço virtual, algumas pessoas têm contato com elas somente nesse ambiente "online". Isso acaba provocando, principalmente com público mais velho, uma espécie de aversão ao que vem daí. O Vinil seria também uma forma de conquistar um público diferente?
Pode ser também! Achamos que uma coisa não anula a outra, porém o vinil traz uma magia que só ele tem, fora que o som é quente, orgânico! Achamos que o mercado dos vinis ainda vai crescer mais, seja como fetiche ou pela qualidade. Nos EUA a gente visitou lojas de discos e, acreditem, todos os novos e grandes lançamentos, bem como os menores, saem em vinil também - e são muito procurados. Compramos alguns, mas queriamos trazer todos!
O que mudou depois que a banda assinou com o selo Vigilante da gravadora Deckdisc? Vocês se consideram uma banda independente?
A Deckdisc já é uma gravadora independente e o Vigilante traz consigo a mesma ideologia. A banda se profissionaliza em contato com a indústria, seja ela independente ou não. Pra gente tá sendo ótimo e esperamos que seja cada vez melhor! Todos os envolvidos são fantásticos e acho que temos muito a crescer e a realizar com essa parceria. Continuamos com autonomia suficiente e podendo explorar alguns mercados que não tínhamos penetração. Estamos muito animados com tudo!
Qual é a sensação de tocar para um público desconhecido e acabar colocando todo mundo pra dançar?
Hahaha! Pra gente é o orgasmo do show! Poder ver que as pessoas estão dançando, curtindo e se divertindo pra gente é a recompensa do trabalho! Até porque nós também nos divertimos muito fazendo o que estamos fazendo! Esperamos que todos curtam essa energia e que possamos voltar sempre!
The Name - Tenant
Acho muito legal essa movimentação do universo independente, bem resolvido enquanto universo independente de fato, na sua, coeso, com seu público certo e sem ser aquele primo emburrado do mainstream. Melhor ainda foi ver no post anterior a menção ao Nublado e ao Sex On The Beach, duas bandas daqui da Paraíba (onde estou!).
ResponderExcluirIniciativas como o MIU e o Coletivo Mundo daqui só incentivam mais e mais a produção e a profissionalização da galera. Espero q um dia eu tb apareça com a minha banda por essas bandas aí de Uberlândia, seria fantástico. =D
Luís, você e sua banda são bem vindos por aqui! haha depois me manda algum material, porque fiquei curiosa agora, ainda não conheço! (:
ResponderExcluirPois tá na mão: http://myspace.com/folkgauche
ResponderExcluirDá uma sacada. Uma vez nos disseram q somos muito 'sul-sudeste' pra quentura daqui da PB. Agora vc pode me confirmar (ou não heahehuae). =)
Luís, gostei da pronúncia do nome! E realmente, lembra as bandas gaúchas, mas tem um toquezinho paraibano também, a mistura ficou bacana!
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