Resenha: Turnê Black Drawing Chalks + Hellbenders

Na última sexta, Uberlândia recebeu, por intermédio do Coletivo Goma e do Fora do Eixo, a turnê das bandas goianas Black Drawing Chalks e Hellbenders, que acabaram de passar por algumas cidades de São Paulo e também por BH. 

O local era o Fever Bar, que vem recebendo várias bandas bacanas ultimamente. Era meia-noite, o bar já estava bem cheio e o Hick Duarte já havia tomado conta da discotecagem. Pouco tempo depois, o Hellbenders já estava subindo ao palco, enquanto o Hick passava de DJ para fotógrafo em segundos. 

O show começa e todos parecem animados com o som pesado da banda, que entre músicas conhecidas e novas, faz um show excelente. Riffs estridentes e velozes dão o tom, acompanhados por vocais alternados e energéticos, que competem amigavelmente com o peso dos outros instrumentos. Enquanto a banda tocava, imagens do próprio show eram projetadas em cima dos rapazes e, entre uma música e outra, os gritos e aplausos pareciam sempre inevitáveis.


Depois de mais um show memorável do Hellbenders em Uberlândia, era a vez do Black Drawing Chalks, já conhecido na cidade, tomar seu lugar no palco e garantir mais diversão às pessoas que estavam lá. As guitarras sujas e o vocal característico da banda logo tomaram conta do lugar, era impossível não balançar pelo menos o pé no ritmo acelerado das músicas. O peso e qualidade do som era proporcional aos aplausos no final de cada faixa. As imagens do show e de clipes continuavam sendo projetadas no palco, que logo estava abrigando os membros das duas bandas – nada muito inusitado, diante da presença de um berrante no palco há poucos minutos. 

A apresentação acaba, depois de um merecido pedido de bis atendido, às 4 horas da manhã. A satisfação era geral, todo mundo ia pra casa com os ouvidos zunindo de rock do bom.


Nesse intervalo, aproveitei para conversar com as bandas e saber um pouco mais sobre as novidades e impressões dos rapazes de Goiânia. Falei com o Renato, guitarrista do Black Drawing, ele comentou que Minas e São Paulo são sempre lugares bacanas, em que eles gostam muito de tocar e que essa tinha sido mais uma ótima noite. Antes da turnê, eles estavam no Reino Unido, onde tocaram em quatro cidades e dois festivais - o The Great Escape Festival, em Bringhton, e no Liverpool Sound City Festival. O Renato comentou, ainda, que eles tiveram uma recepção muito bacana lá fora, e que foi uma experiência muito boa para o Black Drawing Chalks, que deve entrar em estúdio no começo de 2012 para gravar o próximo disco de inéditas.

Também conversei com o Rodrigo, baterista do Hellbenders. Ele disse que a banda sempre gosta de tocar por esses lados, e que essa sexta foi mais uma noite em que Uberlândia recebeu a banda muito bem. O Hellbenders, que já está circulando bastante por aí, deve entrar em estúdio ainda esse ano para gravar o primeiro álbum da banda, e esperamos recebê-los de volta em breve!

Durante a turnê, foram gravadas várias imagens dos shows, dos bastidores e da estrada, que foram editadas  para fazerem parte do vídeo de "Leaving Home", faixa do segundo disco do Black Drawing Chalks. O vídeo conta com imagens das duas bandas e foi integralmente filmado por um iPad.



Foram dois shows que, como o Hick disse, contrariam qualquer um que encha o peito para dizer que o rock nacional já morreu. Não morreu não, tá aí a prova!

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